Jesus Cristo é a imagem mais clara e específica de Deus, diferente de outras revelações d’Ele.
Por que Jesus? Veja que em todas as outras principais religiões do mundo, você constatará que Buda, Maomé, Confúcio e Moisés se apresentam como mestres ou profetas; nenhum deles disse ser igual a Deus. Surpreendentemente, Jesus disse. E é nisto que Jesus se distingue de todos os outros. Jesus disse que Deus existe e que você estava olhando para o próprio Deus ao contemplá-lo. Apesar de Ele falar de Deus como Seu Pai Celestial, não era da perspectiva de separação, mas de uma união bem chegada, única para toda a espécie humana. Jesus falou que todo aquele que O tinha visto, tinha visto o Pai; todo aquele que acreditasse n’Ele, acreditaria no Pai.
Ele disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida”. Ele disse ter atributos pertencentes somente a Deus: ser capaz de perdoar as pessoas de seus pecados; libertá-las de hábitos pecaminosos; dar às pessoas uma vida mais abundante, dando-lhes, no céu, vida eterna. Diferente de outros mestres que faziam as pessoas se focarem nas palavras deles, Jesus faz as pessoas seguirem a Ele mesmo. Ele não disse: "sigam as minhas palavras e vocês encontrarão a verdade". Ele disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim”.
VALOR DO ARGUMENTO DA EXISTÊNCIA DE DEUS
Guy P. Duffield e Nathaniel M. Van Cleave, na obra Fundamentos da Teologia Pentecostal, coerentemente, declaram que algumas pessoas, com boa razão, questionarão o valor dos argumentos sobre a existência de Deus. A Bíblia em ponto algum argumenta a esse respeito; em toda parte as Escrituras assumem sua existência como um fato aceito. O primeiro versículo das Sagradas Escrituras afirma "No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gn 1:1). O salmista proclama mais adiante: "Diz o insensato no seu coração: Não há Deus" (S1 14:1a). O cristão e todos os adoradores de Deus aceitaram a existência de Deus como um ato de fé. Alguns teólogos, tais como Soren Kierkegaard e Karl Barth, rejeitam toda teologia geral ou natural e afirmam que Deus só pode Ser conhecido por um ato de fé. Todavia, a fé possuída pelo crente não é cega nem irracional. A fé é um dom de Deus (Rm 10:17); todavia, ela é sustentada por evidências claras para a mente imparcial. O salmista diz, como consolo para os crentes: "Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas: mãos" (S1 19:1). Paulo destaca em Romanos, capítulo um, que mesmo aqueles que não têm uma revelação da Escritura não possuem uma justificativa para a sua incredulidade:
"Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são por isso indesculpáveis: porquanto, tendo conhecimento de Deus não o glorificaram como Deus..." (Rm 1:19-21).
Assim, podemos ver que a Bíblia sustenta a validade de uma teologia natural. Devemos lembrar, no entanto, que, apesar de uma teologia natural poder indicar um criador poderoso, sábio e benévolo, nada diz para resolver os problemas do pecado do homem, sua dor, seu sofrimento e sua necessidade de redenção. Também não pode afirmar, com João Batista: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (Jo 1:29). Além disso, e importante lembrar que os argumentos da existência de Deus, tais como os fornecidos por uma teologia natural, não constituem uma demonstração absoluta. Os seres finitos não podem demonstrar a existência de um Deus infinito. J. O. Buswell afirma:
"Não existe um argumento conhecido por nós que, como argumento, leve a uma conclusão provável (altamente provável). Por exemplo, acredita que o sol irá levantar-se amanhã cedo, mas se fôssemos analisar as evidências, os argumentos que levam a essa conclusão, seríamos for que eles, por melhores que sejam, são caracterizados pela probabilidade. Os argumentos teístas não são uma exceção à regra de que todos os argumentos indutivos sobre o que existe são argumentos de probabilidade. Este é o ponto em que os argumentos, afirmam chegar."
Os argumentos sobre a existência de Deus que se seguem não são um substituto para a revelação de Deus nas Escrituras, nem podem levar a uma fé salvadora. Eles são um consolo par o crente e podem servir ao pregador do evangelho para despertar uma audiência atenta. Só o Espírito Santo suprirá a verdadeira fé em Deus.